O SEU ANIMAL TEM BOM CORAÇÃO??


O número de casos de doença cardíaca nos nossos animais de companhia tem vindo a aumentar nos últimos anos!

Quais os sintomas associados às doenças cardíacas?
Os sintomas mais frequentes são a diminuição da vivacidade, a intolerância ao exercício e em casos mais avançados a tosse, diminuição do apetite, emagrecimento, dificuldades respiratórias, “desmaios” … Numa fase inicial a sintomatologia pode passar despercebida aos olhos do dono que atribui à idade o facto de o animal ter menos actividade física. Muitas vezes nem repara que no mesmo percurso diário o animal pára mais vezes para descansar ou que fica um pouco mais ofegante!

Como se pode diagnosticar uma doença cardíaca?
As visitas regulares a um centro veterinário são um ponto-chave! O exame físico e as questões sobre o comportamento do animal no seu dia-a-dia permitem ao veterinário, na maior parte dos casos, suspeitar de algo que possa não estar bem.
Os exames complementares de diagnóstico normalmente realizados são: RX torácico, electrocardiograma (ECG) e ecocardiografia.



Quais são as doenças cardíacas mais frequentes?
Nos cães as patologias cardíacas mais frequentes são a cardiomiopatia dilatada (mais comum em raças de grande porte como Doberman, Serra da Estrela, Boxer,…) e a insuficiência valvular (mais frequente em raças pequenas como Caniche e Yorkshire Terrier). Nos gatos a patologia cardíaca mais relevante é a cardiomiopatia hipertrófica.

As doenças cardíacas têm tratamento?
O tratamento e o prognóstico variam muito e dependem do tipo de patologia, da fase da doença e das características do próprio animal. Na maior parte dos casos é possível instituir tratamento que permita ao animal ter uma boa qualidade de vida. Em alguns casos o tratamento é para toda a vida!

Posso prevenir as doenças cardíacas no meu animal?
Infelizmente é impossível evitar o aparecimento de doenças cardíacas. O diagnóstico precoce é a melhor arma para combater os problemas cardíacos do seu animal! Um dono atento e cuidadoso tem maior capacidade de detectar pequenas alterações na rotina do animal e de as transmitir ao seu veterinário. As consultas de rotina com uma avaliação cardíaca são essenciais para promover a boa saúde do animal. Para mais informações informe-se junto do seu médico-veterinário.


COMO LIDAR COM O CIO DA MINHA GATA

O cio - miar exaustivamente, noites sem dormir, vizinhos incomodados, escapadelas de casa e inclusivé marcações de urina por toda a casa.
Todos os proprietários de gatas estão certamente familiarizados com estes sinais de cio (estro) das suas felinas. 
Durante o cio as gatas manifestam comportamentos próprios, normalmente longos e difíceis de suportar.
 Os gatos machos são atraídos para próximo do seu território e ela tenta escapar de casa. O encontro com os gatos pode resultar em gestações não desejadas e por vezes feridas e infecções

Cada cio pode durar desde 3 dias até 3 semanas e repete-se cada 2 a 3 semanas se não ficar gestante!



Como lidar com o cio?
Existem vários métodos para inibir o cio das fêmeas. O mais conhecido é sem dúvida o uso de anticonceptivos orais ou injectáveis com o intuito de prevenir, anular ou atrasar o cio.
No entanto estes produtos apresentam inúmeros efeitos secundários, tais como tendência para provocar tumores mamários e/ou problemas uterinos.

A esterilização, apesar de um pouco mais dispendiosa, é de facto o melhor método impedir as fêmeas de entrar em cio.

O procedimento cirúrgico – ovariohisterectomia – envolve a remoção de ovários e útero, interrompendo assim a produção das hormonas que estimulam os comportamentos reprodutivos.

Quais as vantagens da esterilização?
  • Elimina definitivamente todos os comportamentos desagradáveis do cio.
  • Diminui o risco de desenvolvimento de tumores mamários. Nas gatas, cerca de 80-93% das neoplasias das glândulas mamárias são malignas.
  • Elimina o aparecimento de tumores ováricos e de infecções uterinas (piómetra) ou reacções uterinas anormais (hiperplasia endometrial quística).
  • Diminui o contacto com outros gatos e os comportamentos de territorialidade.
  • Menor exposição a doenças contagiosas, como o vírus da imunodeficiência (FIV), o vírus da Leucemia Felina (FeLV). Diminui a probabilidade de ser vítima de atropelamento ou ataques por cães.
  • Controlo da sobrepopulação felina.





Qual o melhor momento para realizar a cirurgia?
A esterilização é normalmente aconselhada antes do primeiro cio – entre os 6 a 7 meses de idade. Desta forma reduz-se ao máximo o aparecimento de tumores mamários. No entanto, pode ser realizada a qualquer idade.

Que cuidados devo ter com a cirurgia?
Os cuidados a ter são os cuidados de uma cirurgia simples com anestesia geral; avaliação pré-anestésica e jejum de 8 a 12 horas antes da cirurgia.
Normalmente a gata entra no centro veterinário pela manhã e pode voltar a casa no próprio dia da cirurgia, devendo apenas ter alguns cuidados com a limpeza da sutura e administrar a medicação prescrita.
Na medicação são incluídos analgésicos antiinflamatórios, para controlar a dor.

Que cuidados devo ter com a minha gata esterilizada?
Os cuidados a ter com uma gata esterilizada passam sobretudo por uma alimentação apropriada. Após a esterilização a sua gata apresentará alguma tendência para aumento de peso e uma ligeira predisposição para cistites idiopáticas. Felizmente, já existe no mercado alimentação específica para gatas esterilizadas, que permite contrariar essa tendência. Assim, apenas terá que se preocupar em oferecer-lhe comida apropriada e na quantidade indicada e estimular a sua companheira a fazer exercício físico.